A história externa é que estou buscando há bastante tempo um local 100% seguro para deixar meus cachorros e não encontro. Então decidi criar o meu próprio.
A história real é que trabalhei incessantemente durante muitos anos, e me deixei levar pela roda da vida, sendo displicente com aquilo que mais importa: saúde, família (matilha) e amor.
Até o momento em que tive câncer, e percebi que uma de minhas cachorras demonstrava entender algo que ninguém mais (inclusive eu) entendia.
O jeito como ela se posicionava e me olhava durante meu tratamento e nos dias difíceis que se seguiram era algo inexplicável. Um olhar e uma postura de cuidado, proteção e acolhimento capazes de fazer qualquer um, no mínimo, tentar de tudo para se curar (do que fosse) só para estar mais um dia ao lado dela.
Uma vez curado, adotei meu segundo cachorro. E desta vez, era ele quem estava com câncer. Tentei de tudo para fazê-lo sentir cuidado, protegido e acolhido, como me senti, mas nunca achei que fiz o suficiente.
Hoje estamos todos bem e juntos (\o/), e decidi estabelecer como propósito da minha vida fazer tudo o que posso para encontrar novas formas de comunicação entre humanos e animais, para que possamos interpretar e traduzir o que compõe cada um de nós, destravando novas formas de afeto e aprendizado.
Afinal de contas, se soubéssemos que viveríamos aproximadamente 15 anos (como acontecem com muitos cachorros), como iriamos viver a vida?
Bruno Morano, fundador.
